BATE PAPO DOS FLABLOGUEIROS

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O MAIS QUERIDO DO MUNDO


AGORA VOCÊ PODERA CONVERSAR COM A GALERA DO FLABLOGUEIROS E COMENTAR SOBRE O BLOG E OS JOGOS DO MENGÃO!! SÓ ENTRA CRIAR SEU APELIDO E DIVERTIR GERAL.O LINK DO BATE PAPO ESTA EMBAIXO

segunda-feira, 21 de julho de 2008

PÔSTERS DO FLAMENGO

GUANABARA 2004
GUANABARA 2008
CAMPEÃO CARIOCA 2004
PÔSTER FLAGIRL
FLAGIRL PÔSTER

CAMPEÃO CARIOCADE 2008
BICAMPEÃO CARIOCA 2008
TRICAMPEÃO CAMPEÃO CARIOCA 2001
CAMPEÃO CARIOCA 2001CAMPEÃO MERCOSUL 1999



domingo, 20 de julho de 2008

Coleção de Titulos



Coleção de Titulos

Internacionais
Mundial Interclubes - 1981
Taça Libertadores da América - 1981
Taça Juan Gaspard Dutra (Uruguai) - 1944
Quadrangular de Lima (Peru) - 1952
Quadrangular da Argentina - 1953
Torneio Internacional do Rio de Janeiro - 1954
Torneio Quadrangular Gilberto Cardoso - 1955
Torneio Internacional do Morumbi - 1957
Troféu Ponto Frio - 1957
Quadrangular de Israel - 1958
Hexagonal do Peru - 1959
Octogonal do Verão da Argentina - 1961
Triangular de Túnis (Tunísia) - 1962
Troféu Naranja (Espanha) - 1964 e 1986
Taça Associação Nacional de Guaiaquil (Equador) - 1966
Troféu Mohamed V (Marrocos) - 1968
Torneio de Verão do Rio - 1970 e 1972
Taça Palma de Mallorca (Espanha) - 1978
Ramon de Carranza (Espanha) - 1979 e 1980
Troféu Cidade de Santander (Espanha) - 1980
Copa Punta Del Este (Uruguai) - 1981
Quadrangular de Nápoles (Itália) - 1981
Torneio Air Gabon (Gabão) - 1987
Troféu X Aniversário do 1º de Maio FC (Angola) - 1987
Copa Kirin (Japão) - 1988
Torneio Colombino Huelva (Espanha) - 1988
Copa Porto de Hamburgo (Alemanha) - 1989
Copa Marlboro (EUA) - 1990
Copa Sharp - 1990
Torneio Libertad (Argentina) - 1993
Pepsi Cup (Japão) - 1994
Torneio See Kuala Lampur (Malásia) - 1994
Copa Ouro - 1996
Copa Mercosul - 1999
Nacionais
5 Campeonatos Brasileiros - 1980, 1982/83, 1987 e 1992
Torneio Rio-São Paulo - 1961
Triangular do Paraná - 1953
Troféu Embaixador Oswaldo Aranha - 1956
Troféu Magalhães Pinto - 1961
Triangular de Goiás
Torneio Gilberto Alves - 1965
Quadrangular do Espírito Santo - 1965
Quadrangular de Goiás - 1965
Quadrangular de Jundiaí - 1975
Quandrangular do Mato Grosso - 1976
Torneio de Nova Friburgo - 1990
Torneio de Varginha - 1990
Troféu Brahma - 1992
Troféu Raul Plasmann - 1993
Torneio TV Bandeirantes - 1997
Troféu Sportv - 1997
Copa dos Campeões Mundiais - 1997
Copa do Brasil - 1990 (invicto), 2006
Copa dos Campeões - 2001
Estaduais
30 Campeonato Carioca - 1914/15, 1920/21, 1927, 1939, 1942/43/44, 1953/54/55, 1963, 1965, 1972, 1974, 1978/79/79, 1981, 1986, 1991, 1996, 1999/00/01, 2004, 2007, 2008.
18 Taça Guanabara - 1970, 1972/73, 1978/79/80/81/82, 1984, 1988/89, 1995/96, 1999, 2001, 2004, 2007, 2008.
7 Taça Rio - 1978, 1983, 1985/86, 1991, 1996 e 2000.
6 Torneio Início do Rio de Janeiro - 1920, 1922, 1946, 1951/52 e 1959.
9 Campeonato de Aspirantes do Rio de Janeiro - 1912/13/14, 1916/17/18, 1955/56 e 1970.
Torneio Triangular do Rio de Janeiro - 1919 e 1955.
Torneio Extra do Rio de Janeiro - 1934
Torneio Aberto do Rio de Janeiro - 1936
Torneio Relâmpago do Rio de Janeiro - 1943
Torneio do Povo - 1972
Taça do Sesquincentenário da Independência do Brasil - 1972
Taça Eusébio de Andrade - 1987
Campeonato da Capital - 1991
Copa Rio - 1991
Troféu São Sebastião - 1999
Taça Madame Gaby Coelho Neto - 1916
Troféu América Fabril - 1919, 1922 e 1923



Historia Uniformes e Mascote



Uniformes e Mascote

Uniformes As primeiras cores do Flamengo foram o azul e o amarelo. Essas cores, entretanto, possuíam pouca resistência ao sol forte do Rio de Janeiro e à salinidade das águas da Baía de Guanabara, por isso a mudança do uniforme para as cores rubro-negras.A camisa do Flamengo talvez seja a mais conhecida dentre todos os clubes do mundo. Em torno dela criou-se a lenda de que "joga sozinha". Muitos preferem chamá-la de "Manto Sagrado".Não há desde simples meninos a craques consagrados quem não sonhe vestí-la um dia, como ja fizeram Pelé e Garrincha. Apresentamos aqui os modelos atuais, já com as quatro estrelas prateadas, cada uma representando um tricampeonato carioca, e com a estrela dourada, representando o mundial de 1981. Os uniformes possuem um design arrojado e são fabricados e desenhados pela Nike, a maior empresa de material esportivo do mundo. Mascote A história do Urubu no FlamengoO Urubu tornou-se mascote do Flamengo a partir do momento em que o professor de Educação Física, Luis Octávio, morador do Leme, decidiu pegar uma ave no lixão do Caju e levá-la para o Maracanã num domingo de clássico entre Flamengo e Botafogo, em 1969. Veja o depoimento do Luis Octávio. "Eu era um alucinado pelo Flamengo. Eu era capaz de ir a um jogo mais cedo do Flamengo, fora do Maracanã, e depois seguia para o Maraca para "secar" os outros (Vasco, Botafogo e Fluminense). Éramos um grupo de três a quatro torcedores.Os torcedores do Botafogo sacaneavam demais a torcida do Flamengo. Naquela época, Fla e Botafogo faziam o clássico de maior rivalidade depois da "era Garrincha". Os botafoguenses gritavam com ironia e rancor que o Flamengo era time de urubu, ou seja, time de negros...Um dia, reuni um grupo de amigos do Leme, onde sempre morei, e fui para a Favela da Praia do Pinto, em frente ao campo do Flamengo, achando que ali encontraria um urubu com facilidade. Mas não vi nenhum urubu e fui orientado para ir ao depósito de lixo do Caju.Eu e meus amigos fizemos isso. Mas fomos à noite e não encontramos urubu nenhum, claro. Então fomos orientados a voltar pela manhã porque nesse horário o depósito de lixo do Caju ficava lotado de urubus.Fizemos isso num sábado, 31 de maio de 1969, véspera de Flamengo x Botafogo no Maracanã. Havia um montão de urubus pra gente escolher. Éramos quatro amigos rubro-negros. Estávamos num DKV-Wemag e pegamos um urubu. Colocamos o bicho no carro e ele veio dando bicada na gente. Paramos na avenida Brasil e arranjamos um saco para colocar o urubu dentro. O urubu soltou-se dentro do carro em movimento e foi uma guerra...Levamos o urubu para a garagem do meu prédio no Leme. O bicho não queria comer nada, só queria atacar a gente com bicadas.Meu pai ajudou e deu água pro urubu. No dia seguinte, domingo, primeiro de junho de 1969, fomos para o Maracanã. Entramos com o urubu enrolado num bandeirão do Flamengo, pois naquela época ainda se podia entrar com bandeiras à vontade.Fomos para as arquibancadas e um foguete estourou perto do urubu, assustando o bicho, que começou a se debater. Pior é que o Flamengo não entrava em campo. Parece que o técnico era o Zagallo (na verdade o técnico era Elba de Pádua Lima, o Tim), que por superstição esperava o Botafogo entrar primeiro em campo. O Flamengo não vencia o Botafogo há quatro anos. Nenhum dos dois times queria entrar em campo e então resolvemos soltar o urubu. Levamos o bicho até a grade das arquibancadas, tiramos o urubu do saco plástico, colocamos uma bandeirinha do Flamengo presa nos pés do bicho e soltamos. O urubu saiu da torcida do Flamengo e tomou o rumo da torcida do Botafogo. Ninguém entendia o que estava acontecendo. Só quando o urubu fez a volta e ficou com a bandeira de frente para a torcida do Flamengo é que a nossa "galera" começou a vibrar e a gritar "é urubu, é urubu". Quando o urubu caiu no gramado, pouco antes de o jogo começar, foi uma tremenda festa. Os fotógrafos correram e fizeram fotos, um monte de fotos. E o Flamengo venceu por 2 a 1. Foi uma festa inesquecível e o urubu passou a ser o mascote do Flamengo no lugar do Popeye, um símbolo da Disney. O urubu é a cara do Flamengo e o Henfyl se encarregou de humanizá-lo nas tirinhas de charge esportiva no Jornal dos Sports e na Revista Placar."
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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Hino e Ídolos



O Hino oficial do Clube de Regatas do Flamengo




Tem letra e música de um ex-goleiro do Clube, Paulo Magalhães.


Criado em 1920 e gravado pela primeira vez em 1932 pelo cantor Castro Barbosa, foi registrado somente em 1937 no Instituto Nacional de Música.Flamengo, FlamengoTua glória é lutar!Flamengo, FlamengoCampeão de terra e marSaudemos todos com muito ardorO pavilhão do nosso amorPreto e encarnado, IdolatradoDos mil campeões, do vencedorFlamengo, FlamengoTua glória é lutar!Flamengo, FlamengoCampeão de terra e marLutemos sempre com valor infindoArdentemente, com denodo e féQue o seu futuro inda será mais lindoQue o presenteQue tão lindo éHino PopularCom letra e música de Lamartine Babo, e gravado pela primeira vez por Gilberto Alves em 1945, o Hino não-oficial é o consagrado pela nação rubro-negra, que o canta em jogos e conquistas do Flamengo.Uma vez Flamengo,Sempre Flamengo.Flamengo sempre eu hei de serÉ o meu maior prazerVê-lo brilharSeja na terra,Seja no mar.Vencer, vencer, vencerUma vez Flamengo,Flamengo até morrer!Na regata, ele me mata,Me maltrata, me arrebataDe emoção, no coraçãoConsagrado, no gramadoSempre amado, o mais cotadonos Fla-Flus é o ai JesusEu teriaUm desgosto profundoSe faltasse,O Flamengo no mundo.Ele vibra, ele é fibraMuita libra já pesouFlamengo até morrerEu sou.Ídolos Zico Data de Nascimento: 03/03/1953 Local de Nascimento: Rio de Janeiro - RJ Posição: Meio Campo Gols: 568 Petkovic Data de Nascimento: 10/09/1972 Local de Nascimento: Majdanpek-SER Posição: Meio Campo Gols: 43 Júnior Data de Nascimento: 29/06/1954 Local de Nascimento: João Pessoa - PB Posição: Meio Campo Gols: 73 Sávio Data de Nascimento: 09/01/1974 Local de Nascimento: São Torquato - ES Posição: Meio Campo Gols: 80 Zizinho Data de Nascimento: 14/09/1921 Local de Nascimento: Niterói-RJ Posição: Meio Campo Gols: 145 Domingos da Guia Data de Nascimento: 19/11/1912 Local de Nascimento: Rio de Janeiro-RJ Posição: Meio Campo Gols: 0 Leônidas da Silva Data de Nascimento: 06/09/1913 Local de Nascimento: Rio de Janeiro-RJ Posição: Meio Campo Gols: 142 Pirilo Data de Nascimento: 26/07/1916 Local de Nascimento: Porto Alegre-RS Posição: Meio Campo Gols: 201 Biguá Data de Nascimento: 22/03/1921 Local de Nascimento: Irati-PR Posição: Meio Campo Gols: 7 Dequinha Data de Nascimento: 19/03/1929 Local de Nascimento: Mossoró-RN Posição: Meio Campo Gols: 8 Doval Data de Nascimento: 04/01/1944 Local de Nascimento: Buenos Aires-ARG Posição: Meio Campo Gols: 92 Joel Data de Nascimento: 23/11/1931 Local de Nascimento: Rio de Janeiro-RJ Posição: Meio Campo Gols: 111 Dida Data de Nascimento: 26/03/1934 Local de Nascimento: Maceió-AL Posição: Meio Campo Gols: 244 Rubens Data de Nascimento: 24/11/1928 Local de Nascimento: São Paulo-SP Posição: Meio Campo Gols: 83 Raul Plassman Data de Nascimento: 27/12/1944 Local de Nascimento: Antonino-PR Posição: Meio Campo Gols: 0 Leandro Data de Nascimento: 17/03/1959 Local de Nascimento: Cabo Frio-RJ Posição: Meio Campo Gols: 14 Bebeto Data de Nascimento: 16/02/1964 Local de Nascimento: Salvador-BA Posição: Meio Campo Gols: 151 Renato Gaúcho Data de Nascimento: 09/09/1962 Local de Nascimento: Guaporé-RS Posição: Meio Campo Gols: 64 Romário Data de Nascimento: 29/01/1966 Local de Nascimento: Rio de Janeiro-RJ Posição: Meio Campo Gols: 204 Adílio Data de Nascimento: 15/05/1956 Local de Nascimento: Rio de Janeiro-RJ Posição: Meio Campo Gols: 129 Nunes Data de Nascimento: 20/05/1954 Local de Nascimento: Feira de Santana (BA) Posição: Meio Campo Gols: 96 Fio MaravilhaData de Nascimento: 19/01/1945 Local de Nascimento: Conselheiro Pena-MG Posição: Meio Campo Gols: 0 Cantarele Data de Nascimento: 16/09/1953 Local de Nascimento: Além Paraíba-MG Posição: Meio Campo Gols: 0 Almir Pernambuquinho Data de Nascimento: 28/10/1937 Local de Nascimento: Recife-PE Posição: Meio Campo Gols: 0 Mozer Data de Nascimento: 19/09/1960 Local de Nascimento: Rio de Janeiro-RJ Posição: Meio Campo Gols: 23 Gérson Data de Nascimento: 11/01/1941 Local de Nascimento: Niterói-RJ Posição: Meio Campo Gols: 80 Henrique Data de Nascimento: 03/08/1934 Local de Nascimento: Formiga-MG Posição: Meio Campo Gols: 214 Zagallo Data de Nascimento: 09/08/1931 Local de Nascimento: Maceió-AL Posição: Meio Campo Gols: 30 Andrade Data de Nascimento: 21/04/1957 Local de Nascimento: Juiz de Fora-MG Posição: Meio Campo Gols: 0 Rondinelli Data de Nascimento: 26/04/1954 Local de Nascimento: São José do Rio Pardo - SP Posição: Meio Campo Gols: 12 Carlinhos Data de Nascimento: 19/11/1937 Local de Nascimento: Rio de Janeiro - RJ Posição: Meio Campo Gols: 0 Evaristo Data de Nascimento: 22/06/1933 Local de Nascimento: Rio de Janeiro-RJ Posição: Meio Campo Gols: 99 Índio Data de Nascimento: 01/03/1931 Local de Nascimento: Cabedelo-PB Posição: Meio Campo Gols: 136 Benítez Data de Nascimento: 23/04/1927 Local de Nascimento: Yaguarón-PAR Posição: Meio Campo Gols: 73 Reyes Data de Nascimento: 24/06/1941 Local de Nascimento: Assunção-PAR Posição: Meio Campo Gols: 0 Jarbas Data de Nascimento: 05/09/1913 Local de Nascimento: Campos-RJ Posição: Meio Campo Gols: 150

A Maior Torcida do mundo!!


Nos quatros cantos do país existe um Flamenguista para ajudar o time e é por isso que quando se fala da torcida rubro-negra, logo vem em mente a famosa Nação Rubro-Negra, por temos mais torcedores do que muitos países tem de população, são em media 35 milhões de torcedores espalhados pelo Brasil, fora os muitos espalhados pelo mundo. E é por isso que somos a nação mais apaixonada pela nossa bandeira.Há 57 anos os estádios brasileiros são freqüentados por torcidas organizadas. A Charanga do Flamengo, fundada por Jaime de Carvalho em 1942, foi a primeira torcida organizada do Brasil.Raça Rubro-NegraNas paredes do Maracanã, em 1976, cartazes foram espalhados com as seguintes palavras:"Vem ai o MAIOR MOVIMENTO DE TORCIDAS DO BRASIL".Por Aproximadamente seis meses a divulgação foi feita desta maneira, mas a história da maior facção rubro-negra, havia começado antes quando um desentendimento na Flamor por causa de Ricardo que foi fundador causou o desligamento de Cláudio César, Aguinho, e outros. Ainda juntaram-se, a eles, Edu e Joãozinho da Torcida Jovem. Eles, resolveram fundar uma torcida completamente diferente de tudo até então visto nas arquibancadas. A idéia era de fazer uma torcida "entrar em campo" deixando a camisa 12 de lado (um simples reserva que participa como "quebra-galho" do time) para tornar-se o primeiro jogador do time!O nome da torcida foi muito discutido mas de nada consenso até que Cláudio, nosso 1º presidente, sugeriu o nome mágico, que é a razão de ser do C.R.Flamengo, que faz a camisa jogar, transforma derrotas eminentes em vitórias consagradoras, que para ser o número 1 da equipe é preciso possuir a característica mais importante de qualquer time rubro-negro, a RAÇA RUBRO-NEGRA, fórmula que faz o Flamengo seguir a risca o primeiro verso do hino escrito por Paulo de Magalhães(1920), "Flamengo tua glória é lutar!"A torcida tinha o nome escolhido, mas ainda não tinha o modelo da camisa definido. Ela nascia diferente, e a camisa não poderia ser a mesmice das outras facções rubro-negras, elas tinham os modelos copiados do manto sagrado, e era preciso inovar...A camisa teria o tom predominante em vermelho, com a manga, gola e escudo, negros. A mão punho cerrado seria o símbolo de luta, resistência e vontade. Eles assim definiram porque o rubro é a cor do coração, vontade, Raça e estaria sendo vista por todos, o coração das arquibancadas, o primeiro jogador do Flamengo estaria em destaque, devidamente uniformizado, esperando apenas que este coração tivesse o tamanho do Maracanã. Tendo Raça como nome, não foi difícil resolver o problema do símbolo. A idéia inicial seria duas mãos arrebentando uma corrente (alusão à liberdade, muito ligada ao movimento negro) mas alguns dos nossos fundadores acreditaram que seria uma discriminação com as outras raças, afinal nascemos Flamengo, símbolo do Brasil (fusão de todas as raças) e não poderia haver preconceito...só com portugueses mas é outra história...Por todos estes motivos, o DOI CODI resolveu interrogar nossos fundadores. Uma organização que se chama "Raça", tem camisa vermelha, o símbolo é um punho cerrado e tem por lema o "Maior Movimento de Torcidas do Brasil", e canta "Óh meu Mengão...", que era uma adaptação de um canto de guerra da UNE, realmente poderia causar desconfiança... O punho cerrado saindo do mapa do Brasil, como símbolo da facção, surgiu anos mais tarde, por causa das grandes caravanas promovidas pela Raça.Em 24 de abril de 1977, contra os "portugueses", nascia a maior torcida organizada do C.R.Flamengo. O Marketing no esporte, hoje tão em moda, já era usado pelo pessoal da Raça em 1977, como Cláudio nos conta: "Foi uma época que era moda fundar uma torcida. Às vezes em um jogo só, ou no 1º jogo das facções, estas terem 500 integrantes, no 2º jogo 350, no 3º jogo 200 e até chegar a 50 integrantes como a FLA-12, que nasceu na mesma época que a Raça". Ele continua, "Com a Raça foi muito diferente. Muito antes da torcida ser fundada, seis meses antes, já colocávamos vários cartazes pelo Maracanã, íamos às rádios inclusive o lema de O MAIOR MOVIMENTO DE TORCIDAS DO BRASIL surgiu na Rádio Nacinal para divulgar a futura torcida". Cláudio concluiu: "No dia da estréia da Raça nós tinhamos confeccionado 300 camisas, mas apenas 50 foram postas à venda, no jogo seguinte outras 50 e assim as pessoas viam que a Raça estava crescendo".Quando a torcida nasceu, os integrantes assistiam aos jogos sentados como todas as torcidas brasileiras mas, para provar, realmente, que esta torcida queria inovar e "jogar" com o time, com o decorrer do ano de 1977, esta história foi mudando porque havia momentos dos jogos que a Raça levantava até o momento das garrafadas que obrigavam à sentarem novamente. Mas em um jogo que ninguém sabe precisar qual os associados resolveram assistir o jogo em pé, mesmo tomando garrafada na cabeça, mudando a história das arquibancadas. Por muitos jogos foram encontradas resistências, mas com tempo ao ouvirem "é, é ,é, a nossa Raça só assiste o jogo em pé!", as pessoas levantavam-se automaticamente e empurravam o Mengão para mais uma vitória. Fomos a primeira torcida organizada do Brasil a acompanhar os jogos em pé, porque quem joga, o faz de pé, sentado é reserva (o camisa 12 citado acima), começando então a diferença... e a Raça nasceu para ser a número 1!A Raça nasceu junto ao melhor momento da história do Flamengo, como o campeonato carioca de 1978 decidido contra os "portugueses" com gol de Rondinelli aos 43m do 2º, com o Tricampeonato de 1979 nesse ano foram feitos dois campeonatos cariocas e o Mengão ganhou os dois, com o memorável título Brasileiro de 1980, em que a Raça levou mais de cem ônibus para o Mineirão na final contra o Atlético-MG, e o título no Maracanã.Nós poderíamos contar as monumentais festas realizadas pela torcida, mas para comprovarmos nossa fidelidade, da vontade de querer jogar com o time, falaremos das grandes viagens. Avião, ônibus, a pé, e outros mais exóticos meios de transportes já foram utilizados por nossos integrantes, tudo para estarmos presentes e fazermos a "Nossa Parte", porque somos o primeiro jogador, e o Flamengo, precisa de sua gente para levá-lo à vitórias históricas. Ao recordar as grandes caravanas, é preciso esclarecer dois pontos:O primeiro que a Raça viajava por conta própria e apenas em duas caravanas a final do Campeonato Brasileiro em 1980 contra o Atlético-MG e o jogo da Libertadores em 1984 contra o Grêmio, no Pacaembú o Flamengo pagou, e com o dinheiro arrecadado, a Raça construiu sua sala 351-B (hoje desativada pela Suderj) no Maracanã.O segundo é a lenda contada pelos corínthianos e imprensa, de que 70.000 mil alvi-negros estiveram no Maracanã na semi-final do Brasileiro de 1977.Como disse César: "Nem se toda a frota urbana de São Paulo à época, fosse usada". É evidente que muita gente veio mas a grande maioria era composta por cariocas, principalmente rubro-negros, que resolveram dar uma força para o time paulista devido a rivalidade entre Fla x Flu. Por conta deste episódio, em 1978 no jogo Flamengo x Corínthians, a Raça fez uma faixa alvi-negra, colocada na divisão das duas torcidas, com os seguintes dizeres: "a maior torcida de São Paulo saúda a maior torcida do Brasil". Uma gozação típica rubro-negra como foi a Fla-Madrid, ou a história para se eleger "O Mais Querido do Brasil", em que os portugueses compraram quase toda a água Salutaris patrocinadora do evento, vendida exclusivamente a eles, e o Jornal do Brasil, também patrocinador, que sumiu das bancas em que os donos eram portugueses. No dia da votação os rubro-negros, disfarçados de portugueses, entraram na sede da água Salutaris e sumiram com os votos lusitanos devidamente jogados no poço do elevador e colocaram os votos rubro-negros nos lugar. No dia seguinte, o Flamengo foi eleito o clube "Mais Querido do Brasil" sem que a colônia entendesse nada até que a descoberta fosse feita e o choro fosse livre.A faixa da Raça Rubro-Negra já esteve presente em todas os países da América do Sul, Estados Unidos, França, Inglaterra, Espanha, Japão e, pasmém, até no Iraque!Todas as nossas odisséias foram comprovadas pela imprensa que já as divulgou fartamente. Não somos uma torcida privilegiada financeiramente, mas temos energia, luta, criatividade, e Raça, porque aonde estiver o Flamengo, a sua Raça Rubro-Negra, estará incentivando-o, levando-o sempre à frente... como dissemos acima, a Terra está pequena, e agora, só esperamos a ida do Mengão à Lua, porque certamente estaremos lá... afinal somos o jogador número 1 e não podemos desfalcar o time.Em 1981, Roberto "Branco" foi eleito presidente da Raça e liderou por quatro anos dando prosseguimento ao trabalho de fazer a torcida ainda mais forte e organizada. Em 1990, Evandro "Bocão" assumiu a Raça e com ele à frente, a torcida passou a ter uma sede no centro da cidade. Em 1993, Paulo Apparício, foi eleito presidente da torcida dando continuidade ao trabalho dos outros presidentes. Hoje a Raça desenvolve o projeto "Nossa sede é nossa sede", esperando em breve termos um espaço condizente com o tamanho da Raça, porque a nossa sede, que é própria, está pequena.Enfim, a História de uma Raça está relatada, com apenas verdades, sem demagogias ou lendas, porque a mentira é a ilusão dos derrotados e a imprensa quase todos os dias mostra a realidade como ela é. E tudo que for encontrado nesta HOME PAGE, é a realidade, doa a quem doer! Mas, nós, integrantes do Maior Movimento de Torcidas do Brasil, não podemos nos acomodar, porque no Flamengo a glória é lutar, e ficar na Raça, é cantar e empurrar o Mengão às vitórias consagradoras, e nos emocionarmos sempre com mais um gol do Flamengo.Torcida Jovem do FlamengoTorcida Jovem do Flamengo foi fundada em 06/12/1967, por dissidentes da Charanga Rubro-Negra (a 1ª torcida organizada do Brasil). Nos dois primeiros anos de existência, a torcida utilizou o nome Poder Jovem , inspirado no movimento negro norte-americano Black Power. Sobre a nossa Torcida Jovem, nós somos a 1ª Torcida Jovem do Brasil, sua história, e sua origem, dá para fazer um livro, tamanha a riqueza de acontecimentos e personagens que nestes trinta e dois anos nos elevaram ao patamar de torcida organizada mais respeitada do país, não é a toa que somos reconhecidos como a torcida organizada mais temida do Brasil. Nossa moral é superior e assumimos a morte como desafio. O temor é superado pela ideologia, e, no confronto Valor-Temor, transformamos o temor em um valor!! Amamos a vida!! Mas justamente pelo Flamengo somos capazes de honrá-lo até com a morte! Sempre fomos uma facção ousada, pioneira, ou seja, mais avançada que as demais. Tudo que é novidade parte de nós, uma torcida singular e unida, e que por isso desperta inveja em muita gente. Não somos a maior, mas sem modéstia, a melhor. Entre nós a democracia impera, todos são ouvidos e participam das decisões e destinos, torcida aonde não existem "chefes", "donos" e sim, liderança. Quanto mais difíceis os obstáculos e as batalhas, mais nos destacamos. Por isso, se você ainda não faz parte desse exército jovem, junte-se a nós e desperte o guerreiro que existe dentro de você! Venha para a Torcida Jovem do Flamengo a mais temida e respeitada torcida organizada do Brasil! Somos uma instituição séria, com uma história rica em glórias e lutas em prol da razão de nossa existência, o Flamengo. Aliás, o nosso lema resume tudo:"Nada do Flamengo, tudo pelo Flamengo!"O GIGANTISMO DA TORCIDA Após mais de cem anos de história, o Flamengo é uma das mais importantes e expressivas instituições do Brasil. Por sua história, sua tradição, seus títulos e glórias e sobretudo por congregar na mesma intensa paixão milhões e milhões de brasileiros, o Flamengo assumiu uma direção que supera a definição simplista de uma "agremiação sócio-esportiva".O Flamengo é, sem dúvida, o maior clube do mundo. Não há registro de clube mais amado, mais querido e com maior número de torcedores. As últimas pesquisas confiáveis datam de 2001 e revelam dados impressionantes sobre a preferência pelo Mengão no Brasil e no Rio de Janeiro.Distribuição das torcidas no BrasilSegundo a pesquisa Lance!-Ibope, cuja margem de erro é de 1,1 ponto percentual para cima ou para baixo, estima-se que 16,3% dos brasileiros torçam pelo Flamengo em todo o território nacional. Isso representa 25,6 milhões de rubro-negros. Tal número é superior à população de quase todos os países da América Latina e de muitos da Europa. É, só como exemplo, quase oito vezes maior do que o número de habitantes do Uruguai (cerca de 3,3 milhões) e duas vezes a população do Chile (cerca de 13,4 milhões). A pesquisa revelou também que aproximadamente 16% dos brasileiros torcem para outros times, e 18,1% não torcem para time nenhum.O Flamengo realmente arrasa. No Brasil, a torcida do Fla é o dobro das torcidas de Vasco, Fluminense e Botafogo juntas! É também o único clube com participação massiva em todos os estados. Em São Paulo está em quinto lugar, atrás de Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos, superando clubes como Portuguesa, Ponte Preta e Guarani. É ainda a terceira torcida em Minas, no Rio Grande do Sul, na Bahia, no Ceará e em outros estados, dominando de modo absoluto em Brasília.Distribuição das torcidas no Rio de JaneiroNo Rio de Janeiro, a superioridade rubro-negra é total. Quase metade dos cariocas torce para o Flamengo. E mais: o Mengão domina todas as regiões do Grande Rio, desde a Baixada Fluminense até a zona sul carioca. No Rio, não tem pra ninguém!Distribuição por faixa etária no Rio de JaneiroE o que já é grande tende a aumentar ainda mais. Segundo a mesma pesquisa, a força do Flamengo aumenta conforme diminui a idade do torcedor. Nada menos que 63% das crianças do Rio torcem pelo Flamengo. Ou seja, nessa faixa de idade, o Mengão tem o dobro dos torcedores de Vasco, Fluminense e Botafogo juntos. Uma disparidade incrível!Distribuição pelas classes sociais no Rio de JaneiroCaiu um tabu. Segundo o choro dos adversários, a torcida do Flamengo no Rio de Janeiro seria composta principalmente pelas classes econômicas menos favorecidas. Tiro n'água. O Flamengo lidera em todas as classes sociais com bastante folga.O maior patrimônio de um clube de futebol não se limita a sua sede, a seu estádio e parques esportivos, a suas propriedades e nem mesmo a sua cores, camisa, escudo e bandeira. O maior patrimônio de um clube de futebol é a sua torcida.Quando um grupo de rapazes teve a feliz idéia de fundar um clube, não podia supor jamais a dimensão do fascínio que o Flamengo exerceria sobre as massas e todo o amor que despertaria no Brasil e até mundo afora. Há quem queira explicar o fenômeno da Grande nação rubro-negra. Sociólogos, antropólogos e psicólogos se debruçam sobre o assunto. Persiste, porém, o mistério da paixão que é o Flamengo e o seu poder de se fazer amado

A Historia do Flamengo



O início no remo O Flamengo já nasceu com a garra e o espírito vencedor. A idéia da criação de um grupo organizado de remo surgiu em bate-papos de jovens do bairro no Café Lamas, no Largo do Machado. O objetivo era entrar na disputa com clubes de outros bairros, como o de Botafogo, que já atraíam a atenção das mocinhas da época. Jovens remadores - José Agostinho Pereira da Cunha, Mário Spindola, Nestor de Barros, Augusto Lopes, José Félix da Cunha Meneses e Felisberto Laport ? resolveram comprar um barco. O escolhido foi um já velho, porém adequado às finanças disponíveis. Cotizaram o dinheiro, adquiriram o primeiro patrimônio, que foi nomeado de Pherusa, e fizeram uma reforma completa para utilizá-lo. No dia 6 de outubro, os jovens, mais Maurício Rodrigues Pereira e Joaquim Bahia, foram dar a primeira volta com o barco. Saíram da Ponta do Caju, na praia de Maria Angu (atual Ramos), de tarde. Mesmo com o tempo ameaçador no céu, Mário Spindola dirigiu rumo à praia do Flamengo. Então, o primeiro grande desafio do grupo surgiu. O forte vento virou a embarcação e os náufragos tiveram que se segurar no que restou da Pherusa. Joaquim Bahia, excelente nadador, saiu até a praia em busca de ajuda. Mas a chuva cessou e logo apareceu um outro barco, o Leal, de pescadores da Penha, e fez o resgate dos jovens e da Pherusa. A preocupação passou a ser Bahia, que depois de quatro horas chegaria à praia, tornando-se o primeiro herói do Flamengo. A recuperação de Pherusa foi iniciada novamente. Quando ela já estava quase pronta, foi roubada e nunca mais vista. Mas o entusiasmo em fundar um grupo de regatas não desapareceu. Os jovens decidiram comprar outro barco. George Lenzinger, José Agostinho, José Félix e Felisberto Laport entraram na história, juntaram o dinheiro necessário e compraram o Etoile, de Luciano Gray, logo batizado de Scyra e registrado na Union de Canotiers. Na noite de 17 de novembro de1895, no casarão de Nestor de Barros, número 22 da Praia do Flamengo, onde era guardada a Pherusa e depois a Scyra, foi fundado o Grupo de Regatas do Flamengo e, com ele, eleita a sua primeira diretoria: Domingos Marques de Azevedo, presidente; Francisco Lucci Colás, vice-presidente; Nestor de Barros, secretário; Felisberto Cardoso Laport, tesoureiro. Destacados ainda como sócios-fundadores, José Agostinho Pereira da Cunha, Napoleão Coelho de Oliveira, Mário Spíndola, José Maria Leitão da Cunha, Carlos Sardinha, Eduardo Sardinha, José Felix da Cunha Menezes, Emygdio José Barbosa (ou Emygdio Pereira, ou ainda Edmundo Rodrigues Pereira, há controvérsias) Maurício Rodrigues Pereira, Desidério Guimarães, George Leuzinger, Augusto Lopes da Silveira, João de Almeida Lustosa e José Augusto Chalréo, sendo que os três últimos faltaram à reunião, mas assinaram a ata dias depois e receberam o título. No encontro, foi acordado que a data oficial seria a de 15 de novembro, pois no aniversário do Flamengo sempre seria feriado nacional (Dia da Proclamação da República), e que as cores oficiais seriam azul e ouro, em largas listras horizontais. Primeiras competições, vitórias e mudançasA preocupação com o nacionalismo foi marcante no início do Flamengo. Primeiramente, a denominação de grupo, ao invés de clube, palavra estrangeira. Depois, com a aquisição de novos barcos ao longo dos anos, a origem dos nomes foi a indígena (Aymoré, Iaci e Irerê) ao invés dos antigos, derivados do grego (Pherusa e Scyra). Mas foi com a Scyra mesmo que o Flamengo entrou em sua primeira competição. Um fiasco, causado pela inexperiência dos seus remadores, que comeram um bacalhau à portuguesa com vinho verde antes da disputa. O barco bateu na baliza de sinalização, a tripulação enjoou e, no fim, a embarcação do Botafogo rebocou a Scyra. Passado o primeiro vexame, o Flamengo começou a competir, mas só conseguiu chegar em segundo e terceiro lugar. Por isso, foi logo chamado de Clube de Bronze. A primeira vitória veio no dia 5 de julho de 1898, na I Regata do Campeonato Náutico do Brasil, com Irerê, uma baleeira a dois remos. Nesta época, o Flamengo já reunia seguidores de todas as classes sociais, dos intelectuais, passando pelas famílias tradicionais, até os empregados de comércio, todos torcedores fanáticos do grupo. As mocinhas que caminhavam na praia do Russel acabam sempre no número 22 e a sede do Flamengo ficou conhecida como a "República da Paz e do Amor". Antes um pouco, em 23 de novembro de 1896, uma das mudanças mais significativas na história do Flamengo. Como as camisas do uniforme, listradas nas cores azul e ouro, eram importadas da Inglaterra e desbotavam com facilidade devido ao sol e ao mar das competições do remo, Nestor de Barros propôs que elas fossem para vermelha e preta. Junto com a mudança das cores e o crescimento do Flamengo, veio a transformação de Grupo em Clube, sugerida pelo poeta e cronista Mário Pederneiras. Estava definitivamente concretizado o amor rubro-negro pelo Clube de Regatas do Flamengo.Futebol disputa espaço com o remoDepois de começar mal no remo, o Flamengo foi pegando experiência com o tempo. Afinal, outros grupos já existiam há mais tempo e venciam as competições com maior freqüência, como o Gragoatá, o Botafogo e o Vasco da Gama. As primeiras provas eram conquistadas enquanto a paixão pelo clube aumentava. A partir do início do século XX, o futebol começava a disputar popularidade na cidade do Rio de Janeiro com o remo. Mas, como o clube rubro-negro não dispunha de departamento de esportes terrestres, seus sócios eram obrigados a acompanhar o Fluminense também, pois em Laranjeiras havia um time para torcer.O maior exemplo desta divisão era Alberto Borgerth. Pela manhã, era remador no Flamengo. À tarde, representava o Fluminense no futebol. Os torcedores, sem opção para acompanhar os dois esportes em um só clube, seguiam o mesmo comportamento, dividindo-se na paixão clubística.O Flamengo, então, começou a dar os seus primeiros passos no nobre esporte bretão. O clube começa a disputar alguns amistosos. No primeiro, realizado dia 25 de outubro de 1903 no Estádio do Paissandú Atlético Clube, perde do Botafogo por 5 a 1, com a seguinte formação: G.V. de Castro, V. Fatam, H. Palm, Sampaio Ferraz, A. Gibbons (capitão), L. Neves, C. Pullen, M. Morand, A. Vasconcelos, D. Moutinho e A. Simonsen, com os reservas M. Gudin e A. Furtado.Uma curiosidade é que o time de futebol não entrava em campo com o uniforme oficial do Flamengo. No primeiro jogo, vestiu camisas brancas e shorts pretos. Depois, foi obrigado a usar o Papagaio de Vintém e a Cobra Coral. O esporte era malvisto pelo remo rubro-negro e, por isso, o clube só se filiou à Liga Metropolitana de Futebol ? criada em 1905 - em 1912, depois do ingresso dos ex-tricolores, ficando cerca de nove anos disputando somente amistosos. O futebol oficial no FlamengoO futebol do Flamengo é dissidente do Fluminense. Em 1911, o tricolor estava às vésperas do título carioca, mas, atravessava grave crise interna. O capitão do time, Alberto Borgeth (o mesmo que remava pelo Flamengo), se desentendeu com os dirigentes e, depois de conquistado o campeonato, liderou um movimento de saída das Laranjeiras. Dez jogadores campeões deixaram o Fluminense: Othon de Figueiredo Baena, Píndaro de Carvalho Rodrigues, Emmanuel Augusto Nery, Ernesto Amarante, Armando de Almeida, Orlando Sampaio Matos, Gustavo Adolpho de Carvalho, Lawrence Andrews e Arnaldo Machado Guimarães. Dia 8 de novembro, foi aprovado o ingresso dos novos sócios. Os remadores do Flamengo, porém, não eram favoráveis à dedicação oficial do clube rubro-negro ao futebol, caso que estava sendo analisado por uma comissão da qual o líder era justamente Alberto Borgerth.Mas não teve jeito mesmo. Em assembléia realizada no dia 24 de dezembro de 1911, o Flamengo criou oficialmente o seu time de futebol, sob a responsabilidade do Departamento de Esportes Terrestres.A equipe treinava na praia do Russel e conquistava maior simpatia ainda com o povo, que acompanhava de perto os atletas no dia-a-dia. No primeiro jogo oficial, realizado dia 3 de maio de 1912, no campo do América, na Campos Sales, uma goleada, a maior da história do clube. O Flamengo venceu o Mangueira por incríveis 15 a 2. A equipe rubro-negra jogou com Baena, Píndaro e Nery; Curiol, Gilberto e Galo; Baiano, Arnaldo, Amarante, Gustavo de Carvalho, e Borgerth. Gustavo Adolpho de Carvalho marcou o primeiro gol oficial da história do Flamengo e fez outros três no jogo. Arnaldo (4), Amarante (4), Borgeth (2) e Galo (1) completaram o placar.Como não possuía um campo próprio, o Flamengo mandava os seus jogos no Fluminense. Depois de um tempo, arrendou um espaço na rua Paissandu, de propriedade da família Guinle, e parou de considerar o estádio das Laranjeiras como a sua casa.O primeiro FLA X FLU e os primeiros títulosNo dia 7 de julho de 1912, o Flamengo disputou o seu primeiro Fla x Flu. Os campeões dissidentes do tricolor que passaram a defender o rubro-negro, porém, surpreendentemente perderam por 3 a 2 no confronto com o ex-clube. Muitos dizem que por causa desta derrota é que abriu-se a enorme ferida que alimenta a eterna rivalidade do clássico mais famoso do mundo, o único que tem nome próprio.Mas a primeira derrota para o rival não abalou em nada o ânimo rubro-negro. Nos oito primeiros anos de disputa futebolística, dois tricampeonatos nos 2º Quadros (aspirantes da época), 1912/13/14 e 1916/17/18, dois vice-campeonatos, em 1912/13, e um bicampeonato com a equipe principal, 1914/15.No primeiro título oficial conquistado pelo Flamengo, apenas uma derrota, para o Botafogo, por 2 a 1. Já o bicampeonato foi invicto. Destacou-se nas duas campanhas o artilheiro Riemer, com 8 gols em 1913, 14 e 15.Conforme ia se afirmando como esporte importante no clube, o futebol mudava de uniforme. Em 1912, a estréia oficial foi feita com a camisa quadriculada em vermelho e preto, logo apelidada jocosamente de Papagaio de Vintém pelos adversários. No ano seguinte, mudança para as listras vermelha e preta, sendo que com um friso branco entre uma e outra. Também ganhou apelido, o de Cobra Coral. Como era muito semelhante ao pavilhão fascista alemão, em 1914 ficou determinado finalmente que os jogadores do futebol poderiam usar o mesmo uniforme dos remadores, implantando-se, enfim, a igualdade nos dois esportes. O resultado foi a conquista do primeiro título. Superstição ou não, funcionou e continuou assim.Mas, após o bicampeonato de 1914/15, o Flamengo sofreu um duro golpe. A família Guinle não quis renovar o contrato de arrendamento do campo de treino da rua Paissandu, dando somente a opção de compra. Como o clube não dispunha de verbas para investimento de tal vulto, ficou com o prazo até o dia 31 de dezembro de 1931 para deixar o local.A conquista definitiva do povoA década de 20 foi boa para o Flamengo. Depois de conquistar os títulos de 1914/15 no futebol, o clube voltou a levantar o título carioca em 1920, de forma invicta e marcando a primeira dobradinha com o remo - que havia ganho pela primeira vez no bicampeonato de 1916/17 - sendo campeão de terra e mar. A taça de 1920 também foi importante para aumentar ainda mais a rivalidade com o Fluminense. Com a conquista, o Flamengo impediu, pela primeira vez, um tetracampeonato do tricolor.Em 1921, novo título no futebol. Os principais nomes do time eram os atacantes Junqueira, Candiota, Nonô e Sidney, Porém, nos três anos seguintes, o Flamengo foi vice-campeão seguidamente, voltando a conquistar o Carioca somente em 1925. Nesta campanha, só foi derrotado uma vez - pelo Fluminense, placar de 3 a 1 -, venceu pela primeira vez outro tradicional rival, o Vasco da Gama, por 2 a 0, e teve em Nonô o grande artilheiro e destaque novamente, com 27 gols em 18 jogos.Raça Rubro-Negra popularNo ano de 1927 aconteceram dois episódios que comprovam muito bem a força que o Flamengo já representava com apenas trinta anos de história. O primeiro foi o poder rubro-negro no futebol. O segundo, a sua famosa popularidade comprovada em números.Suspenso por um ano pela Associação Metropolitana de Esportes Atléticos por ceder o seu campo de treinamento ao Paulistano para um amistoso com argentinos, o clube ficou sem jogadores. Os atletas se transferiram para outros times ou abandonaram a carreira, não acreditando que o Flamengo pudesse reverter a situação.Mas o povo se revoltou e exigiu a volta do clube às competições. Autorizado a disputar o campeonato carioca, o Flamengo contou apenas com jogadores que já haviam encerrado a carreira. Na primeira partida, uma goleada sofrida frente ao Botafogo por 9 a 2. Mesmo assim, a raça rubro-negra falou mais alto na hora da decisão e o Flamengo reverteu a situação mesmo com um time improvisado, sendo campeão em cima do Vasco, vencendo as decisões do turno, 3 a 0, e do returno, 2 a 1.Nesta última partida, o atacante Moderato mostrou do que a paixão rubro-negra é capaz, apesar do incipiente profissionalismo. O jogador, que sofrera uma cirurgia de apêndice dois dias antes do jogo, atuou com uma cinta e suportou fortes dores até o fim dos noventa minutos.O outro episódio marcante do ano de 1927 é a eleição do clube mais querido do Brasil. Com o objetivo de apontar a agremiação mais popular do país, o Jornal do Brasil promoveu uma votação em que os leitores deviam enviar cupons apontando o seu time do coração.Os jornaleiros lusitanos, então, escondiam os exemplares e só os vendiam aos torcedores vascaínos. No dia de entregar os cupons na sede do jornal, rubro-negros se disfarçaram de portugueses e recolheram os votos cruzmaltinos, jogando-os no poço do elevador e nas latrinas. Na hora da contagem dos votos, o Flamengo foi eleito o Mais Querido do Brasil. Estava comprovada definitivamente a popularidade e a força do clube.Preocupação com o patrimônio Rubro-NegroJunto com a conquista dos títulos do futebol e do remo, o Flamengo se movimentava para aumentar o seu patrimônio. Em 1920, os sócios autorizaram a diretoria a comprar o prédio do nº 66 e o restante do nº 68 (antigo nº 22, residência de Nestor de Barros e local de fundação do Grupo de Regatas do Flamengo), onde já estava sediada a sede náutica e social do clube.Quase no fim da campanha de arrecadação junto ao quadro social, em 25 de março de 1925, o presidente Faustino Esposel reuniu a diretoria e comunicou a disposição do então prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Antônio Prado Jr,. de ceder uma área de mais de 34 mil metros quadrados às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas.Com a possibilidade de ter um grande espaço para as atividades sociais e esportivas do clube, a diretoria do Flamengo hipotecou os prédios de º 66 e 68 assim que os adquiriu, visando aumentar as verbas e poder dar início às obras na Gávea para a construção do estádio próprio.O primeiro jogo na Gávea, ainda sem muro e cercado por um punhado de madeiras, aconteceu em 26 de novembro de 1926 entre a Liga de Amadores de Foot-Ball (São Paulo) contra a Association de Amateurs de Argentina.Profissionalismo, jejum e GáveaOs anos trinta foram marcados pelo jejum rubro-negro no futebol. Ocupado em dar início às obras no terreno da Lagoa, o Flamengo teve o maior período sem títulos no esporte mais popular. Com a última taça sendo conquistada de maneira brilhante em 1927, o Flamengo só voltou ao posto de melhor time carioca doze anos depois, no campeonato de 1939, já com o seu estádio pronto.Em 1936, 1937 e 1938, o rubro-negro viu o tricolor ser campeão carioca, ficando com o vice. Mas a espera valeu a pena, pois o título de 1939 evitou, pela segunda vez, o inédito tetracampeonato do Fluminense. O rival das Laranjeiras havia contratado quase toda a seleção paulista e ganho o tri nos anos anteriores. O Flamengo tinha os craques Yustrich, Domingos da Guia, Leônidas da Silva, Valido e Jarbas e não perdeu um jogo para o então grande tricampeão ? venceu dois dos três confrontos, por 2 a 1 -, coroando a campanha com uma vitória em cima do Vasco por 4 a 0. Construção da GáveaEm de 14 de novembro de 1931, pelo decreto municipal 3.686, o Flamengo ficou com o direito de cessão e aforamento do terreno da Lagoa garantido pelo prazo de 60 anos. Ali o clube construiu seu primeiro estádio de futebol, com cercas de madeira.No dia 28 de dezembro de 1933, o então presidente José Bastos Padilha pagou a taxa de 497 contos de réis e o Flamengo pôde começar as obras de construção do estádio da Gávea ? o Estádio José Bastos Padilha -, com capacidade para 6 mil espectadores.No lançamento da pedra fundamental do estádio, o Prefeito do Distrito Federal já era Pedro Ernesto, que foi homenageado na ocasião. Em 10 de janeiro de 1935, pressionado pela Prefeitura, o presidente José Bastos Padilha anunciou o término da construção do muro de alvenaria em volta do terreno, uma das exigências do contrato de cessão do imóvel. Foram colocados quatro portões de madeira e construída uma pista de atletismo em volta do campo. Algum tempo depois, o Flamengo conseguiu a instalação de água para irrigação do gramado e chuveiro nos vestiários, além de luz elétrica e um telefone particular.Em 14 de março de 1936, o Conselho Deliberativo autorizou o início das obras de construção das arquibancadas do estádio. Foram arrecadados 500 contos de réis para que a Comissão de Obras formada por Mário Rebello de Oliveira, Manuel Joaquim de Almeida, Comandante Alberto Lucena, José Manoel Fernandes, Gustavo de Carvalho e Alejandro Baldassini contratasse os construtores. A primeira estaca, de um total de 160 a cargo da firma Pieux-Franki, foi batida com uma grande solenidade no dia 9 de agosto de 1936. Custo da obra: 360 contos de réis. O preço total do estádio tinha sido avaliado em 1 milhão e 100 mil contos de réis, a cargo da Construtora Pederneiras S. A.Para não parar a obra, era preciso arranjar dinheiro e isso foi feito através do lançamento de títulos de sócio proprietário autorizado pelo Conselho Deliberativo em sessão de 9 de janeiro de 1937. Inicialmente, foram lançados 100 títulos a 4 contos de réis cada um. Sucesso total, comprovando mais uma vez a enorme popularidade do Flamengo junto ao povo. Todos foram vendidos em 30 dias e o Flamengo arrecadou 400 contos de réis. Mais 100 títulos foram lançados ? já com aumento ? a 5 contos de réis cada e também vendidos. Mais 500 contos de réis no caixa do Flamengo.As obras estavam sendo tocadas a pleno vapor quando o presidente José Bastos Padilha renunciou ao cargo alegando cansaço após cinco anos lutando pela construção do estádio. Raul Dias Gonçalves assumiu e completou o mandato até 31 de dezembro de 1938.No meio do mandato de Raul Gonçalves, o conselheiro Oscar Esposel propôs a inauguração do Estádio da Gávea em 15 de novembro de 1938, quando o Flamengo estivesse completando 43 anos de fundação. Mas a festa aconteceu antes. No dia 4 de setembro de 1938, o Estádio da Gávea, logo depois batizado "Estádio José Bastos Padilha", foi inaugurado com um jogo entre Flamengo e Vasco. Vitória vascaína, por 2 a 0, mas a alegria era mesmo rubro-negra, por estar com a nova casa concluída.O primeiro Tri-campeonatoDepois do brilhante título de 1939, o Flamengo perde o craque Leônidas da Silva e assiste o Fluminense voltar a reinar no início da década de 40. O tricolor conquista o bicampeonato em 1940/41, deixando o rubro-negro como vice nos dois anos, e parte rumo a outro tri. Neste último ano, Pirilo, centroavante do Flamengo, entra para a história do campeonato carioca, ao marcar 39 gols, sendo o maior artilheiro num ano da competição. O então presidente do Flamengo, Gustavo de Carvalho, decide dar plenos poderes ao técnico Flávio Costa. O treinador estrutura o time rubro-negro para impedir o título do Fluminense.Surge um dos três maiores jogadores da história do Flamengo. Thomaz Soares da Silva, o Zizinho, ou Mestre Ziza, tal era a sua categoria. O craque comanda a equipe rubro-negra em 1942 e impede mais um tricampeonato tricolor, dando início à primeira seqüência de três títulos cariocas seguidos do rubro-negro, em 1942/43/44.Liderando uma grande equipe, na qual se destacavam as lendas rubro-negras Yustrich, Domingos da Guia, Biguá, Jaime, Valido, Pirilo e Vevé, Zizinho leva o Flamengo à sua primeira grande glória da história.Em três anos, 44 vitórias, 188 gols marcados e apenas seis derrotas. Em 63 jogos o time obtém média de três gols por partida. Pirilo foi o artilheiro da campanha, marcando 46 vezes. O grande destaque foi Valido, que voltou ao futebol aos 41 anos, para marcar o gol do tri. Mesmo sofrendo de febre, o centroavante argentino fez 1 a 0, aos 41 min do segundo tempo da final disputada na Gávea para 20 mil pessoas, contra o Vasco, num lance muito polêmico ? o jogador teria se apoiado no zagueiro adversário para cabecear. Choro vascaíno e alegria rubro-negra, em um dos títulos mais saborosos da história do Flamengo.A ressaca depois do TRIConquistado o primeiro tricampeonato da história do clube, o Flamengo não consegue manter o time para a tentativa do tetra, em 1946. Perácio é convocado pelo Exército Brasileiro para lutar no fim da II Guerra Mundial e sem Jurandir, Domingos da Guia e Valido, o rubro-negro perde suas forças. O tiro de misericórdia é dado pelo Vasco, que contrata o mentor Flávio Costa.São pouco os remanescentes do tricampeonato e nem Zizinho e Jair da Rosa Pinto são capazes de levar o clube ao quarto título seguido. A crise se instala no futebol da Gávea e o Flamengo não consegue mais do que as terceiras colocações em 1945/46 e 1948/49. Pior, começa o tabu, que iria durar até 1951, de não vencer o Vasco por seis anos. A década que começou bem para o Fla termina mal.O segundo Tri-campeonatoA década de 50 começa para o Flamengo da mesma forma que a de 40 terminou: com crise no futebol. O presidente Dario de Melo Pinto vende Zizinho para o Bangu, antes mesmo da Copa do Mundo disputada no Brasil, numa negociação lamentada por muitas décadas no clube rubro-negro. Para piorar, o tabu contra o Vasco continua e, numa goleada de 5 a 2 sofrida para o rival, a torcida fica revoltada e queima a camisa 10 de Jair da Rosa Pinto, exigindo a volta do técnico Flávio Costa. O resultado de tanta turbulência é a pior colocação rubro-negra na história do campeonato carioca, um sétimo lugar, atrás até do Olaria. Diante de tamanho desastre, o treinador do tri da década de 40 é contratado pela diretoria. Mas o retorno à Gávea de Flávio Costa não é igualmente vitorioso. O time termina em quarto lugar em 1951 e é vice em 1952, perdendo o título para o Vasco. Pelo menos termina com o tabu de derrotas para os cruzmaltinos, em 1951, mas nada que segurasse o técnico na Gávea novamente.Em 1953, chega à Gávea aquele que iria conduzir o Flamengo ao segundo tricampeonato da sua história. O paraguaio Fleitas Solich contrata os conterrâneos García, Chamorro e Benítez e junta-os a uma geração maravilhosa formada na Gávea. Na defesa, a virilidade de Pavão e a habilidade de Jordan; no meio-campo, a técnica de Dequinha, Rubens, Paulinho e Moacir; na frente, um ataque habilidoso e goleador, formado por Joel, Índio, Henrique, Evaristo, Zagallo e Dida; destaques da campanha do segundo tri conquistado em 1953/54/55. No último ano do tri, a taça é levantada depois de uma melhor de três contra o América, em que o Flamengo vence a primeira por 1 a 0, perde a segunda de goleada, 5 a 1, e devolve o placar dilatado na terceira, 4 a 1. Conquistado o segundo tri da sua história, o Flamengo não repete as brilhantes atuações nos campeonatos seguintes e termina em terceiro colocado em 1956 e 1957, sendo vice em 1958 e sexto lugar em 1959.Década de alegrias Rubro-NegrasA década de 50 foi uma das melhores da história do Flamengo. Se não venceu nenhum campeonato no remo, pelo menos no futebol foi tricampeão carioca e revelou craques até para a seleção brasileira campeã mundial em 1958; no basquete teve a geração maravilhosa de Algodão, comandada por Kanela, que foi decacampeã carioca; no vôlei foi duas vezes bicampeão com Carmen Godinha e Zoulo Rabelo; e no atletismo conquistou um pentacampeonato carioca e um brasileiro com Tião Mendes.Tanta emoção vitimou um dos maiores presidentes da história do clube. Gilberto Cardoso, um símbolo do amor rubro-negro, faleceu devido ao um infarto depois da emocionante final do campeonato carioca de basquete de 1955, decidida no último segundo. O Flamengo perdeu um dos seus mais dedicados filhos numa época gloriosa.Mais conquistas e o primeiro título nacionalA década de 60 não começou bem para o Flamengo. Além da quarta colocação campeonato carioca, a renúncia do presidente George Fernandes por causa de dívidas do clube serviu para tumultuar ainda mais o ambiente rubro-negro. Fadel Fadel assume e dá sorte. No seu primeiro ano, em 1961, o Flamengo conquista o Torneio Rio-São Paulo, sendo a primeira taça de nível nacional que vem para a Gávea. Surge a geração de Carlinhos, Nelsinho, Gérson, Jaime, Silva e Almir. Em 1963, o Flamengo impede o tricampeonato carioca do Botafogo. Começa mal o campeonato, com duas derrotas, para América e Bangu. Mas se recupera e não perde mais nenhuma partida até o fim da campanha. Este mesmo ano marca o fim do jejum no remo, que vence após 20 anos e torna o Flamengo campeão de terra e mar novamente. O presidente Fadel Fadel inicia a construção do parque aquático da Gávea, reestrutura o departamento de natação do clube e organiza o esporte que iria dar os bons frutos no fim da década de 60, com o bicampeonato estadual e o primeiro Troféu Brasil. Depois do terceiro lugar em 1964, o Flamengo tem um maravilhoso ano em 1965. No futebol ganha o campeonato carioca e o Torneio do IV Centenário do Rio de Janeiro, começa a campanha do pentacampeonato do remo ? sendo mais uma vez campeão de terra e mar ? e conquista o bicampeonato do Troféu Brasil de atletismo, além do estadual masculino do esporte. Entra a administração de Luis Roberto Veiga de Brito. Em 1966, um episódio marcante, mas nem tão feliz para o clube. O Flamengo perde a decisão do campeonato carioca para o Bangu e Almir Pernambuquinho, raçudo centroavante rubro-negro, não deixa a partida acabar ao iniciar a maior briga da história do Maracanã. Era uma época difícil para o futebol do Flamengo. Vivendo uma entressafra de craques e tendo como maior adversário o super-time do Botafogo, com Garrincha, Didi e Gérson, o time rubro-negro fica no jejum na segunda metade da década de 60. Em 1969, tem a oportunidade de conquistar o título, mas perde para o Fluminense. Se no futebol estava ruim, o remo continuava a campanha do pentacampeonato e a natação conquistava o bicampeonato carioca, depois de um longo jejum de 28 anos, e o inédito Troféu Brasil. Coisas de um clube forte em vários esportes. O começo da geração de ouroDepois de um fim de década nem tão bom para o futebol, o Flamengo começa a formar a geração que daria as maiores glórias para o clube no esporte. Zico, que chegara ao clube em 1967 pelas mãos do radialista Celso Garcia, já se destacava nas escolinhas rubro-negras. Em 1972, o Flamengo vence o campeonato carioca depois de sete anos e o jovem craque lidera o time juvenil no primeiro ano do bicampeonato da categoria - já havia estreado nos profissionais em 1971.Neste ano ainda, outra grande alegria foi a conquista do Torneio do Sesquincentenário da Independência do Brasil. Porém, acontece um desastre também, que seria reparado somente nove anos depois. A goleada de 6 a 0 do Botafogo fere a alma da torcida rubro-negra.Em 1974, Zico passa a titular da equipe principal do Flamengo e ganha o seu primeiro título como profissional, em cima do Vasco, campeão brasileiro do mesmo ano. O craque rubro-negro dá uma pequena amostra do que seria capaz de proporcionar ao clube.Nos dois anos seguintes, não teve como superar o Fluminense e sua máquina tricolor. O presidente Francisco Horta montou um grande time, não deixando chance para os rivais, e conquistou o bicampeonato carioca.Mas a espera valeu a pena. Em 1978, o Flamengo conquistou um dos títulos mais marcantes da sua história. Impediu o bicampeonato do Vasco vencendo a partida no final - gol de Rondinelli de cabeça - e deu início à campanha do seu terceiro tricampeonato carioca, completado em 1979 com dois títulos em um ano.Era o início de um grupo que brilharia intensamente na década de 80. Os talentos incipientes de Júnior, Andrade, Zico e Tita, a categoria veterana de Carpegiani e Raul, coadjuvantes mais que brilhantes como Rondinelli e Cláudio Adão e os que ainda estavam por vir, como Leandro, Figueiredo, Mozer, Adílio, Júlio César, das divisões de base da Gávea, e Nunes, Baltazar e Lico.Formação de talentos também nos outros esportesA preparação para uma década maravilhosa, a de 80, não foi privilégio só do futebol. A natação do Flamengo formou os talentos que iriam trazer para a Gávea uma extensa lista de títulos cariocas e brasileiros durante mais de dez anos. Em 1978, ganhou o Troféu José Finckel e iniciou em 1979 a sensacional sequência de títulos estaduais que só iria terminar no fim da década de 90.No vôlei feminino e no remo, os atletas rubro-negros eram formados já ganhando títulos. As meninas venceram o estadual de 1977 depois de 16 anos de jejum e alcançaram a glória nacional ao vencerem o campeonato brasileiro em 1978. Já dentro d?água, a sequência de títulos foi impressionante. O Flamengo conquistou todos os cariocas da década, vencendo o seu primeiro Troféu Brasil em 1978.Década maravilhosaA década de 80 foi a que mais trouxe conquistas para o Flamengo. Anos em que a alegria de ser rubro-negro era maior do que qualquer outra coisa. Tempo em que Zico, o maior ídolo da história do clube, reinava nos campos de futebol, coadjuvado por estrelas como Raul, Leandro, Mozer, Rondinelli, Júnior, Andrade, Adílio, Júlio César, Tita, Nunes e Lico. Fora dos gramados, o esporte amador ganhava tudo o que disputava, na natação, basquete, remo e judô.Embalado pelo tricampeonato carioca, em 1980, o Flamengo conquista o seu primeiro Campeonato Brasileiro - até então, no Rio de Janeiro, somente o Vasco havia se sagrado campeão nacional, em 1974. Depois de perder no Mineirão por 1 a 0, Raul, Toninho, Manguito, Marinho e Júnior; Andrade, Carpegiani e Zico; Tita, Nunes e Júlio César entram em campo no Maracanã com a obrigação de vencer. O esquadrão rubro-negro faz uma emocionante final com o Atlético-MG, ganha nos últimos minutos, com gol do centroavante rubro-negro. A explosão de alegria seria a primeira de muitas na década.No ano seguinte, o Flamengo teve as maiores felicidades que um clube pode alcançar, tudo isso num espaço de dois meses. De novembro até o fim do ano, o time foi campeão estadual, da Taça Libertadores da América e Mundial, tornando-se o segundo time da história do futebol brasileiro a conquistar a glória de ser o melhor do planeta. De quebra, ainda devolveu uma goleada de 6 a 0 sofrida para o rival Botafogo em 1972 e que ficou por quase 10 anos entalada na garganta dos torcedores rubro-negros.Participando pela primeira vez da disputa da Taça Libertadores da América, o Flamengo voltou todas as suas forças para essa competição. Mostrou ser bom de bola e valente sem ela também. Superou a violência dos rivais sul-americanos e conquistou o título de campeão do continente, em uma final muito disputada, com o Cobreloa, vencida por 2 a 0 no terceiro jogo, gols de Zico.No dia 13 de dezembro de 1981, o Flamengo entrou em campo para o jogo mais importante da sua história. Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico eram os onze encarregados de levar o clube rubro-negro à conquista do título mundial interclubes contra o Liverpool, poderoso time inglês.O Mengão mostrou sua força, enfiou 3 a 0, gols de Nunes (2) e Adílio, já no primeiro tempo e se sagrou campeão do mundo. Era o êxtase maior da Nação, que, em todas as partes do planeta, cantou como nunca a alegria de ser rubro-negro.No ano seguinte, mais motivo para sorrir, com a conquista do bicampeonato brasileiro. Da equipe campeã mundial, a única mudança havia sido a entrada do jovem Figueiredo no lugar do zagueiro Marinho. Na decisão, o Flamengo venceu o Grêmio no seu terreiro por 1 a 0, gol de Nunes (na foto ao lado)depois de passe de Zico, pra variar.Em 1983, o terceiro título e a coroação de melhor time do Brasil da década, já no começo da mesma. Na final de Campeonato Brasileiro com maior público de todos os tempos (mais de 155.253 pessoas), o Flamengo novamente não deixou prevalecer a vantagem do empate do adversário. Meteu um gol logo aos 40 segundos de jogo, com Zico, e ampliou com Leandro no fim da primeira etapa. No último minuto, Adílio, o melhor em campo, fechou a goleada. O clube rubro-negro se igualava ao Inter, tricampeão em 1976/76/79, como o clube de maior número de títulos nacionais do país.Apesar do apogeu, o Flamengo perdeu o seu maior ídolo. Na época em que os clubes estrangeiros começavam a se tornar o eldorado do futebol mundial, Zico se transfere para o Udinese, da Itália, e a Nação fica orfã. O resultado é um jejum de títulos de três anos na década mais gloriosa do clube da Gávea.O Galinho de Quintino não agüenta de saudades e volta em 1985. Os adversários tremem de novo e, mesmo em recuperação de mais uma cirurgia no joelho e envolvido com a seleção brasileira, comanda um time jovem ao título de campeão carioca de 1986, o segundo da década de 80. Nesta equipe despontava aquele que poderia ter sido o seu substituto, mas que não aproveitou a chance e se perdeu em outros clubes. Bebeto foi destaque da campanha e começou a se firmar entre os profissionais.Em 1987, junto dos veteranos Leandro, Edinho e Andrade, dos novos talentos desenvolvidos na Gávea, como Jorginho, Aldair, Leonardo, Bebeto e Zinho, e de um endiabrado ponta direita, Renato Gaúcho, Zico levanta a quarta taça de campeão brasileiro, tornando, na época, o Flamengo em maior detentor de títulos nacionais de todos os tempos.A década terminou de maneira triste para o Flamengo. Em 1989, o craque maior da história do clube da Gávea se despediu dos gramados e deixou uma legião enorme de fãs carentes. Como ficaria o Flamengo sem Zico? Ainda mais que Bebeto e jovens valores da equipe rubro-negra estavam sendo negociados, como Leonardo, Jorginho, Aldair e outros craques veteranos já haviam deixado o clube - Andrade e Renato Gaúcho foram para o Roma e depois retornaram para outros clubes brasileiros e Leandro abandonou os gramados.Apesar de tudo, campeãoZico não esteve presente na história do Flamengo como jogador a partir de 90. Mas, um outro remanescente da década maravilhosa rubro-negra seguiu no comando da garotada rubro-negra. Júnior, que voltara ao Flamengo em 1989, comandou o time na primeira metade da última década do século XX. Jogando no meio-campo, o craque conquistou mais dois títulos nacionais, um carioca e alavancou o Flamengo de novo ao posto de um dos melhores times do Brasil. Em 1990, o Flamengo ganhou a Copa do Brasil no seu segundo ano de existência. No estádio do Serra Dourada, segurou um empate em 0 a 0 que lhe garantia o título, pois vencera no primeiro jogo da decisão por 1 a 0, gol de Fernando. Júnior começava a liderar a geração campeã da Copa São Paulo de Juniores, formada por Júnior Baiano, Piá, Fabinho, Marquinhos, Djalminha, Paulo Nunes, Nélio e outros.No ano seguinte, em um dos Campeonatos Carioca mais disputados da década, Júnior, o ?Maestro da Gávea?, como passou a ser conhecido na época pelo seu requintado futebol na armação de jogadas, organizou a garotada rubro-negra no título carioca, junto com o já experiente Zinho e Uidemar, o Ferreirinha. O centroavante Gaúcho, com seus gols de cabeça, torna-se uma das principais armas do time.Em 1992, mesmo vindo da conquista estadual, o Flamengo entrou desacreditado no Campeonato Brasileiro. No começo da campanha, até fez jus à falta de fé. Ficou atrás na classificação e parecia não ter forças para chegar entre os primeiros.Mas, em uma arrancada sensacional, passou à fase decisiva, elimina o favorito time do Vasco e humilhou a constelação de estrelas do Botafogo na final. Para se tornar pentacampeão brasileiro e ampliar a vantagem como maior vencedor desta competição no país, o jovem time do Flamengo contou com os gols de Júnior, artilheiro da campanha com nove gols (feito inédito para o jogador), e o apoio da Nação Rubro-Negra. A torcida mostrou a sua força nos jogos finais, colorindo totalmente o Maracanã em vermelho e preto no último jogo, espremendo os rivais botafoguenses em um canto do estádio.Nos dois anos seguintes, o Flamengo sofre. Júnior se despede dos gramados e deixa a Nação novamente sem rumo. "Quem é o nosso ídolo agora?" - perguntavam-se os rubro-negros.Novos ídolos não correspondemEm 1995, o ex-radialista Kléber Leite assumiu a presidência e trouxe consigo Romário (na foto ao lado), o craque da Copa do Mundo de 1994, conquistada pelo Brasil. O novo dirigente tirava o melhor jogador do mundo do clube mais poderoso da Europa, o Barcelona. Junto com o jogador, chega à Gávea Wanderley Luxemburgo, treinador apontado pela imprensa como o melhor do país. A promessa era, então, de um futuro brilhante. No ano do seu centenário, o Flamengo parecia que ia marcar a data com vitórias e títulos. Mas não foi exatamente isso que aconteceu.Na fase decisiva do Campeonato Carioca, o time abriu ampla margem de pontos do segundo colocado e pareceu que iria dar a primeira alegria antes da metade do ano. Mas, numa final emocionante, perde para o Fluminense por 3 a 2, com o histórico gol de barriga de Renato Gaúcho no fim do jogo, e deixa a taça escapar.A derrota abalou o início da administração Kléber Leite, que se desfez de parte do time e contratou jogadores para o Campeonato Brasileiro. Em mais uma hábil negociação, trouxe do Palmeiras, clube mais rico do Brasil na época, o atacante Edmundo. Além de ter em seu elenco um trio de frente maravilhoso, com Sávio e Romário também, o Flamengo atingiu o Vasco, ex-clube do jogador.Mas, apesar de contar com o ?ataque dos sonhos?, o time vai mal no Campeonato Brasileiro e perde um título no Maracanã. Numa final em que a torcida rubro-negra lotou o Maracanã sozinha, o Flamengo venceu o Independiente, da Argentina, somente por 1 a 0 ? precisava de pelo menos dois gols de saldo ? e não aproveitou a última oportunidade de conquistar alguma coisa no ano do centenário.Promessas e dois títulos CariocasRomário chegou à Gávea em 1995 prometendo dar alegrias à torcida, mas, passado o primeiro ano, o artilheiro não havia conquistado nada. Já sem Edmundo, o presidente Kléber Leite movimenta os cofres rubro-negros e compra mais jogadores. Do Fluminense campeão carioca e quarto colocado do Campeonato Brasileiro, chegam o lateral-esquerdo Lira, os meias Márcio Costa e Djair e o técnico Joel Santana. Tira do Botafogo a revelação da competição nacional, o armador Iranildo, e traz o atacante Amoroso, destaque da seleção brasileira.Com bons jogadores até no banco de reservas, o Flamengo ganha o Campeonato Carioca de 1996 sem perder para ninguém ? o quarto título invicto na história rubro-negra. Na final, empate em 0 a 0 com o Vasco e muito alívio depois de um jejum de três anos sem títulos.A alegria dura pouco. Nas competições seguintes, o time não mantém o mesmo padrão. A diretoria compra e vende jogadores, chegando a uma centena de transações até 1998 (fim do seu mandato). Nesta leva, Romário vai para a Europa e volta. Eem mais uma hábil negociação de Kléber :Leite, que chega na frente do Vasco, Bebeto é contratado para reviver com o Baixinho a dupla de ataque tetracampeã mundial, mas sai pela porta dos fundos. Sávio é outro que também afunda junto com a equipe e acaba sendo envolvido numa troca com o Real Madrid.O resultado de tanto entra e sai é um Flamengo descaracterizado, com vários jogadores que nem sequer esquentam o lugar na Gávea. O time sofre derrotas constrangedoras e Kléber Leite é chamado de pé-frio. A maior alegria do período acaba sendo o desastre do rival. O Vasco perde o título mundial no fim de 1998 e faz os rubro-negros voltarem a sorrir.Futuro promissorA felicidade motivada pelos vascaínos se prolongou em 1999. Edmundo Santos Silva foi eleito presidente e não comprou nenhum jogador para a disputa do Estadual. Limitou-se a manter a equipe e a contratar um gerente de futebol, o ex-goleiro Gilmar Rinaldi. No início do Campeonato Carioca, então, o vice-presidente do Vasco, Eurico Miranda desdenhou e afirmou que os outros clubes iriam disputar o vice-campeonato. Mesmo com um time inferior tecnicamente, o Flamengo supera na raça o rival e leva mais uma taça para a Gávea, a 25ª da sua história.Durante o ano, o clube se agitou em torno da discussão da proposta de parceria da empresa suiça de marketing ISL, ao mesmo tempo em que começou a se reforçar nos esportes amadores (Oscar, o maior jogador brasileiro de basquete de todos os tempos, e Virna e Leila, da seleção nacional de vôlei, começaram a defender as cores vermelha e preta) e continuou sem contratar no futebol.No Campeonato Brasileiro, o clube não foi bem. Mas, na Copa Mercosul, ganhou um título internacional oficial depois de 18 anos - desde o campeonato mundial interclubes, em 1981. A forma como foi conquistada agradou em cheio a Imensa Nação Rubro-Negra. Depois de uma semifinal em que se classificou no Uruguai eliminando o Peñarol e agüentando a covardia do adversário, que armou uma arapuca no término da partida e encurralou o time no campo, o Mengão superou o poderoso Palmeiras na final, com atuações soberbas dos jovens valores formados na Gávea, como Rodrigo Mendes, Lê e Reinaldo.Junto com a decisão, a assinatura do contrato de parceria com a ISL foi firmado, no dia 17 de dezembro, anunciando um futuro de ainda mais glórias para o Flamengo a partir do ano 2000.Sucesso no novo milênioO acordo com a empresa suíça de Marketing Esportivo, a ISL, possibilitou ao Flamengo realizar grandes contratações. Nesta época, craques como o iugoslavo Petkovic, Edílson, Gamarra e Vampeta e o respeitável técnico Zagallo foram contratados e ajudaram o clube a conquistar grandes vitórias e títulos importantes para a história do clube. Em 2000, o Flamengo conquistou o bicampeonato estadual, ao vencer o Vasco no primeiro jogo da final por 3 a 0, no Maracanã, com gols de Athirson, Fábio Baiano e Beto. Na segunda partida, no mesmo estádio, o Fla repetiu a boa performance e derrotou a equipe cruzmaltina por 2 a 1, com gols de Reinaldo e Tuta, conquistando, o bicampeonato estadual. Mesmo com o final da parceria Flamengo x ISL, que durou cerca de um ano, o Flamengo não deixou a "peteca cair" e continuou o seu caminho de vitórias e conquistas importantes. Em 2001, o clube rubro-negro conquistou mais um tricampeonato estadual, novamente contra o Vasco. No primeiro jogo da final, o Mengo não conseguiu garantir a vitória e acabou perdendo para o arqui-rival por 2 a 1, Petkovic garantiu o único tento do Fla. Na segunda partida, não teve pra ninguém. O Flamengo venceu com méritos o Vasco por 3 a 1, com dois gols de Edílson e um suado gol de Pet, aos 44 do segundo tempo. A trajetória do Mengo durante o início deste milênio é gloriosa, vale descartar apenas a atuação do clube no Campeonato Brasileiro de 2001, quando por pouco o time não foi rebaixado para a segunda divisão. Em outras competições, o Fla continuou fazendo bonito, conquistou a Copa dos Campeões ao derrotar o São Paulo e chegou à final da Copa Mercosul ao vencer o Grêmio, nos pênaltis.

Flamengo sempre eu hei de ser

O Hino do Clube mais Querido do Brasil

Uma vez Flamengo, Sempre Flamengo. Flamengo sempre eu hei de ser É o meu maior prazer Vê-lo brilhar Seja na terra, Seja no mar. Vencer, vencer, vencer Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer! Na regata, ele me mata, Me maltrata, me arrebata De emoção, no coração Consagrado, no gramado Sempre amado, o mais cotadonos Fla-Flus é o ai Jesus Eu teria Um desgosto profundo Se faltasse, O Flamengo no mundo. Ele vibra, ele é fibra Muita libra já pesou Flamengo até morrer Eu sou.